segunda-feira, 11 de junho de 2018

Manual prático do suicída pós moderno.


Houve uma época que festas pra mim começavam, ás quintas-feiras de manhã , quando saí para o trabalho com um mochilão verde enorme pendurado nas costas , minha mãe se assustava com aquela imagem , pois sabia que até domingo , o telefone poderia tocar para que ,informar que eu estivesse em locais pouco agradáveis , IML , posto da defesa civil,policia militar , hospital ou qualquer inferninho ,rodeado de pessoas de reputação duvidosa, apesar de viver no meio underground ,nunca gostei de drogas , eu sempre fui bem louco ,pra precisar de algo que fizesse, fazer mais merdas do que eu já fazia ,nem cigarro eu gosto, prefiro beber .e foi bebendo que eu conheci muita gente legal ,entre músicos conhecidos ,desconhecidos e pessoas anonimas, e muitas vezes ia para em lugares bem legais , luxuosos até , e lugares no interior ,comunidades humildes, aprendi que o importante não é o que se carrega na mochila , mas o que contém na memória, e como se relaciona com as pessoas ,e seus laços afetivos , a reboque disso conheci o mundo, e muita gente boa ,e muito má , estive em lugares muito tristes onde fui bem tratado , e lugares muito bons que considerava como casa , que se transformaram em inferno ,  quando os excessos de alcool, me fizeram por duas vezes entrar em coma alcoólico, não culpo ninguém pelas minhas escolhas ,nunca fui obrigado a nada , e pouca gente entendia a minha dor, e quem entendia ,hoje consigo entender que , era quem colocava sempre uma só bala no tambor ,me dando várias opções ,inclusive ,uma que me levaria de uma só vez pro buraco.  ("A nossa vida ,é um livro onde o final ,você escreve".) 
O livro da minha vida deve ser bem louco , ele consegue matar o personagem principal 3 vezes , e ainda assim , não ter fim.

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fogus factus fetus

  "Eu entendo que de tanto olhar os erros se manteve um tanto ausente , E pelo pouco tempo que te resta decidiu estar presente ."...